A Filarmónica União Maçaense e as suas Vicissitudes (I)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Foi em mil oitocentos e setenta,
Que na vila de Mação foi fundada,
Pobre, sem recursos não se aguenta
E lá cai na primeira derrocada:
Surge nova comissão e que tenta
E que consegue vê-la restaurada.
Aos seus fundadores assim mostraram
Que o seu nobre intento sublimaram.

Noventa anos já lá vão passados
Sobre a sua inglória fundação;
Seus destinos de novo são frustrados
Por desleixo e falta d´união,
E depois de trabalhos esforçados
Foi desfeita em nova ilusão.
É o que me dizem por tod’a parte
Os que falam com engenho e arte.

Mais uma vez de novo se levanta!
Uma nova vida deseja ter,
A sua fé no futuro é tanta!
Ama o progresso e quer viver
E vitoriosa, de novo canta
E, já triunfante, não quer morrer!
Encorajada e com mais alento,
Vai progredindo a cada momento!
O seu ilustre e digno presidente,
Senhor doutor José Pedro Mirrado,
Acolitado por tão nobre gente
Que grand’amor lhe tem tributado,
A fizeram ressurgir novamente,
Resalvando os erros do passado.
Desta vez temos fé que, doravante,
Seguirá vida fora, triunfante!

Ortiga, 12 de Agosto de 1960

JOSÉ JUSTINIANO MENDES RAIMUNDO

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